Laboratório de Estudos Rurais (LERU)

O LERU promoveu, no Centro de Ciências Agrárias da UFSC em 14/04/2025, um encontro para apresentar relatos de experiências do estágio de vivências em Agricultura Familiar. A iniciativa é da Comissão Executiva do Estágio de Vivência, e está amparada pelo Ciclo de Encontros Temáticos que trata de temas relevantes para o desenvolvimento da Agricultura no Brasil. O encontro, contou com a participação de estudantes que concluíram o estágio em 2025/1. Durante o encontro, os estudantes compartilharam suas experiências vivenciadas, com destaque para a presença de estudantes de diferentes nacionalidades, que estabeleceram relações significativas entre a agricultura brasileira e a de outros países, relacionando as práticas com suas raízes.

O Laboratório de Estudos Rurais (LERU) lançou o filme “Tempos e Trabalhos das Mulheres Rurais”, fruto do projeto de pesquisa “Análise da participação e protagonismo das mulheres na gestão e no trabalho” (edital público FAPESC n. 03/2022), iniciado em agosto de 2022.

No filme, registramos a rotina da agricultora Solange por um dia – metodologia utilizada em nossa pesquisa de uso do tempo -, mostrando-a em suas atividades produtivas, domésticas, de cuidados e de gestão. Ao longo do filme, apresentamos ainda alguns dados levantados por nossa equipe junto às outras mulheres participantes.

Acesse o vídeo no canal do LERU no YouTube: Tempos e Trabalhos das Mulheres Rurais 

No dia 10 de abril recebemos no LERU o discente Camenamul Upá Nambeué, estudante da 3ª fase do Curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) de nacionalidade guineense.Na ocasião, o nosso convidado abordou o tema  Agriculturas na Guiné-Bissau. Ele discorreu sobre a localização geográfica da Guiné-Bissau, aspectos estes que serviram de base para iniciar um diálogo mais complexo sobre a agricultura no país. Abordou também a Agricultura Familiar, onde apresentou os principais cultivos, com destaque para o caju e o arroz. Os sistemas agrícolas são praticados em solos salinos, alagados e através da derrubada e queima. Percebemos que os agricultores familiares representam cerca de 80% da produção agrícola nacional, sendo esta prática realizada majoritariamente por mulheres. Ao final, abordou as políticas públicas que, segundo o nosso convidado, são desenvolvidas em parceria com organizações internacionais como a FAO. Entretanto, foi realmente um momento de muito aprendizado para todos os presentes.

O Laboratório de Estudos Rurais -LERU convida a todos para o Seminário Internacional de Agriculturas na África: a partir de experiências e estudos de estudantes . O evento está sendo realizado no âmbito do Ciclo de Encontros Temáticos e contará com a participação de estudantes africanos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), provenientes de Guiné-Bissau, Gabão, Angola, Congo , além do Prof. Dr. Hélio Maúngue de Moçambique. O seminário tem como objetivo promover o diálogo e a troca de conhecimentos sobre a agricultura na África,a partir de artigos científicos, suas  experiências vividas e perspectivas. Acreditamos que é uma oportunidade ímpar para ampliar o conhecimento  sobre as dinâmicas da agricultura internacional na África, explorando suas particularidades, desafios e potencialidades através de diferentes saberes.

O Laboratório de Estudos Rurais (LERU) promoveu em parceria com o Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas (PGA/UFSC), uma aula aberta sobre Epistemologia Feminista na manhã do dia 17/03/2025. Participaram a professora e pesquisadora Dra. Daniela Pessolano, da Universidade Nacional de Cuyo (UNCuyo/Argentina) que realiza atividade no Brasil por meio do Programa de Escala Docente; e, a professora e pesquisadora Dra. Karolyna Marin Herrera, do LERU/UFSC.

A professora Daniela Pessolano discorreu sobre os estereótipos de gênero na ciência, evidenciando sua construção histórica e os mecanismos de sua imposição, e descreveu o androcentrismo como a visão universal a partir da perspectiva masculina branca.
A professora Karolyna Herrera abordou sobre os conceitos fundamentais do feminismo e sua intrínseca relação com a interseccionalidade, evidênciando o feminismo como o alicerce teórico para a compreensão da Epistemologia Feminista.

Em 14/03/2025  o Laboratórios de estudos rurais-LERU  promoveu mais um  Ciclo de Encontros Temáticos com a participação da  professora e pesquisadora Dra. Daniela Pessolano, da Universidade de Cuyo, Argentina. Na ocasião, a professora  apresentou a pesquisa Tiempos y trabajos de las mujeres, trazendo  importantes informações para a compreensão das dinâmicas sociais no campo.

Laboratório de Estudos Rurais divulga teaser do vídeo resultado do Projeto “Análise da participação e protagonismo das mulheres na gestão e trabalho em unidades de produção familiares de Santa Catarina” financiado pela Fapesc através do Edital FAPESC Nº 03/2022

https://youtu.be/F6jcx2cYoGk 

As professoras Daniela Aparecida Pacífico e Karolyna Marin Herrera e o professor Cristiano Desconsi selecionam bolsistas de Extensão para os Projetos: Ciclo de Encontros Temáticos 2025 (Coordenado pela Profa. Daniela), A participação das mulheres na gestão de territórios sustentáveis e saudáveis (Coordenado pela Profa. Karolyna), e Inclusão produtiva com segurança sanitária da farinha de mandioca artesanal de Garopaba/SC (Coordenado pelo Cristiano).

• As inscrições deverão ser realizadas no período de 19 a 26 de fevereiro de 2025 por meio do e-mail daniela.pacifico@ufsc.br , anexando os seguintes documentos:
  I – Ficha de inscrição preenchida, assinada e digitalizada;
  II – Histórico escolar atualizado;
  III – Espelho de matrícula com os horários das disciplinas nas quais o candidato está matriculado; e
  IV – Currículo extraído da Plataforma Lattes/CNPq (http://lattes.cnpq.br/).
  V- Carta de motivação.
•  A lista com as inscrições deferidas com data e horário da seleção será publicada no site

Mais informações no link:

Edital-para-Selecao-de-Bolsistas_Probolsas_2025 (1)

O professor Cristiano Desconsi é líder do capítulo La nueva Cédula de Producto Rural y los ecosistemas digitales en la financiación agraria en Brasil escrito em coautoria com Giancarlo Moraes dos Santos, Daniela Aparecida Pacífico e Karolyna Marin Herrera, e publicado no livro Transição digital na agricultura e políticas públicas na América Latina.

O livro é uma iniciativa da rede de Políticas Públicas e Desenvolvimento Rural na América Latina, e foi organizado pelos pesquisadores Jean-François Le Coq, Frédéric Goulet, Jelle Van Loon, Federico Bert, Deissy Martínez Baron.

De acordo com a apresentação do livro, a transição digital no setor agrícola da América Latina tem se desenvolvido rapidamente desde a crise da COVID, e tem o potencial de revolucionar muitos aspectos da agricultura e dos sistemas alimentares, como práticas de produção, acesso e gerenciamento de meios de produção, acesso a recursos naturais, extensão rural e comercialização de produtos. A transição digital também oferece o potencial de revolucionar as ferramentas de políticas para a agricultura. Embora essa transição traga vários benefícios para lidar com os desafios enfrentados pela agricultura na América Latina, ela também traz riscos, especialmente em termos de aumentar a distância entre os agricultores familiares e o agronegócio.

Com 23 capítulos que apresentam estudos em nível regional e nacional ou territorial em 10 países latino-americanos (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Peru, Uruguai e México), este livro oferece uma visão geral da dinâmica da transição digital no setor agrícola nos países, territórios e cadeias da América Latina. Ele analisa os atuais avanços e limitações da digitalização, bem como as políticas relacionadas à transição digital em vários países da região.

O capítulo de autoria dos professores do LERU traz uma discussão sobre como os instrumentos de financiamento privado operados por meio de canais digitais são apresentados como uma solução para agilizar a concessão de crédito, aumentar os volumes disponíveis e atingir os pequenos e médios agricultores nas diversas regiões rurais do país. No entanto, tudo isso tem novas implicações, como a redução do envolvimento do Estado na promoção da produção agrícola, o aumento da influência do mercado de capitais no setor e a digitalização das finanças com novos mecanismos de controle sobre o processo de produção. Com esse problema em mente, este capítulo busca entender o processo de concessão de financiamento privado à produção agrícola, com foco na Cédula do Produto Rural (CPR).

O livro foi lançado durante o Seminário Internacional Transição Digital na Agricultura e Políticas públicas na América Latina, em Brasília, durante os dias 04 e 05 de dezembro de 2024 e, também, durante evento de lançamento no CPDA/UFRRJ, no dia 10 de dezembro. Na ocasião Jean-François le Coq (CIRAD/OPPA), Claudia Schmitt (OPPA/UFRRJ), Cristiano Desconsi (LERU/UFSC) e Mário de Ávila (UnB Planaltina) debateram seus capítulos com a plateia. A sessão foi moderada por Karina Kato (GEMAP/OPPA/UFRRJ). A atividade, sediada no CPDA/UFRRJ, contou com o apoio da RedPPAL, do CIRAD e da FAPERJ.

No dia 09 de dezembro de 2024, as pesquisadoras Daniela Aparecida Pacífico (LERU/UFSC) e Carla Gualdani (IPEA/DF) entregaram o quarto e último relatório de uma pesquisa realizada ao longo dos últimos 3 (três) anos. Registrada no Sigpex/UFSC sob o título “Tecnologias e Bioinsumos no Brasil: a contribuição dos núcleos de estudo em agroecologia e produção orgânica na transição sociotécnica para sustentabilidade”, a pesquisa iniciou em 2022 e foi realizada em quatro etapas. A primeira etapa foi realizada ao longo de 2022 a partir de uma revisão sistemática de literatura na qual investigou-se a produção técnico-científica de Núcleos de Estudos em Agroecologia (NEA) e Centros Vocacionais Tecnológicos (CVT). O produto desta primeira etapa foi o Relatório 1. A segunda etapa foi realizada no primeiro semestre de 2023 com a realização de entrevistas semiestruturadas com os coordenadores/as de NEA e CVT, nas cinco regiões brasileiras, e identificou-se as oportunidades, as potencialidades e os gargalos para o efetivo apoio aos núcleos, redes, centros vocacionais e seus parceiros locais. O produto desta etapa foi o Relatório 2. A terceira etapa, realizada no segundo semestre de 2023, consistiu-se em três momentos, a saber: (i) o de visitas in loco aos NEA e CVT nas cinco regiões brasileira na qual foram identificados os contextos territoriais os quais NEA e CVT estão inseridos, assim como os grupos sociais com quem atuam; (ii) o de avaliação do banco de dados da Pesquisa com foco nos insumos biológicos da agroecologia e dos sistemas orgânicos de produção, em que se analisou as tecnologias da agroecologia, resgatadas/adaptadas/desenvolvidas no âmbito de projetos executados por NEA e CVT; e, (iii) o de análise das ações com potencial de serem apoiadas por políticas públicas para fortalecer a agroecologia no Brasil. O produto desta terceira etapa foi o Relatório 3. Por fim, a quarta etapa realizada em 2024 teve o objetivo de analisar os relatórios de prestação de contas dos projetos executados no âmbito dos Editais (CNPq) de fomento à pesquisa em agroecologia e compreender em que consistiram as ações desenvolvidas por NEA e CVT com financiamento público. O produto desta última etapa consistiu no relatório 4, entregue em dezembro. Os relatórios são documentos do IPEA e se tornarão Textos para Discussão e, deste modo, ficarão disponíveis para os pesquisadores e interessados no assunto.